O mangá do renomado mangaká Inio Asano, autor de Solanin e Oyasumi Punpun, conta a história de uma Koume Satou que foi usada como objeto sexual por Misaki e para tentar se livrar desse arrependimento, ela acaba pedindo para que Keisuke Isobe, um garoto que havia se declarado para ela na sétima série, para que tire sua virgindade, com isso eles acabam fazendo sexo sem compromisso diversas vezes, ou seja - a Satou faz a mesma coisa que Misaki fez com ela (usar os sentimentos do outro para conseguir o que quer).
Esse mangá tem um ar mais "dark" do que estou costumado a ver, a utilização das cores e do desenho fazem surtir um grande ar depressivo. Outra coisa que me chamou a atenção é que os personagens estão no 9º ano do fundamental, o que deixa o clima ainda mais pesado.
Com o desenrolar da trama descobrimos sobre o trauma que atormenta a vida de Keisuke e que isso acabaria mudando o rumo da história.

~Contar mais do que isso seria revelar tudo que a obra tem a oferecer~
Como na maioria dos mangás de Inio Asano, sempre existe um significado escondido por trás do enredo e ao ler consegue-se percebe-lo.
Diferente de Oyasumi Punpun, Umibe não tem uma representação de um problema, e sim uma crítica. Como exemplo temos o fato dos protagonistas serem muito jovens (em torno de 14 anos) e estarem relacionados á um tema adulto como o sexo e o suicídio ou ver garotos do fundamental se drogando.
"E daí? Todo mundo tem seus problemas"Lá pelo meio~final do mangá a garota acaba descobrindo que guarda sentimentos por Isobe porém, por alguns fatores ele acaba a rejeitando com a desculpa de querer conhecer uma garota que ele havia visto em uma foto, e após ser abordado por policiais, o garoto nunca mais é visto na obra.
Pelo final mostra a garota vivendo uma vida nova em um colégio novos, além do fato dela ter arranjado um namorado, e nota-se algum tipo de lembrança de Koume que acaba afirmando ter encontrado algo maior que tudo, o mar.
Bom, eu comentei algumas das partes mais relevantes da obra, soltando inúmeros spoilers contando praticamente a história inteira.
Enfim, o mangá me agradou bastante e seu tom mais sombrio deu um clima tenso a obra com alguns significados escondidos que alguns dos leitores podem acabar percebendo.
Nota: 8/10
não sei se você ainda gerencia esse blog mas... gostei do jeito que você escreve e como faz uma crítica sutil mas bem construída, parabéns
ResponderExcluirEu não entendi muito bem o final e realmente não gostei nem um pouco dele. O final ficou meio que um buraco,faltando um pedaço da história,Não fez muito sentido para mim como também fiquei bastante insatisfeita porque acompanhar a história e querer ver no que vai dar as relações entre os dois,se no final eles vão namorar de verdade ou oque exatamente o isobe pensa e oque ele vai fazer. No decorrer do mangá isobe se mostra depressivo e agressivo,além do fato em que ele alega querer se suicidar,no final eu esperava um drama a mais,mas ocorreu que ele muda sua atitude do nada por causa de uma garota da foto que ele nem conhece,as expectativas que eu tinha sobre ele não passou nada mais que apenas teorias sobre oque ele iria fazer a respeito
ResponderExcluirBom, para mim o mangá foi mais ou menos(sei lá), mas é nítido que toda a trama e a metáfora final da Koume(sobre o mar ser imenso e tals) está interligado a canção(Kaze Wo Atsumete): a letra fala sobre apalpar o vento debaixo das asas e percorrer o céu azul(voar, ser livre, não se prender a algo), assim como a monotonia do dia-a-dia num lugar onde parece lhe atormentar constantemente (no caso do Isobe, ele deixa claro que àquela cidade trás memórias horríveis), nas estrofes finais da música a letra fala algo parecido como: está perdendo o tempo numa cafeteria vendo a sombra dos arranha céus escovarem o chão e isso faz ele querer voar(a monotonia do Isobe quer levá-lo ao desconhecido, fazendo-o atravessar esse mar rumo à uma cidade nova), por fim ele encontra a garota da foto, trocam e-mail e decide arriscar estudando na mesma escola dela. A essa altura ele está decidido. A Koume fala que está apaixonada, mas ele ver aquilo como egoísmo, e vai embora. Quando ela conversa com o Kashima no último capítulo dando o veredito de que o mar é maior que tudo, fica claro a adimiração que ela tem pelo mesmo desde o começo do mangá e lá pro final quando conversa com o Otsu. Neste caso acho que a metáfora é desvendanda: o choro dela ao olhar o mar, o grito dela, a morte do irmão do Isobe e a constante ligação que o autor faz entre o estado de espírito dos personagens e o clima: o mar é a própria vida: as dores, os prazeres, ilusões desilusões. Enquanto o Isobe quer ir além do mar, a Koume permanece na cidade o encarando, parecendo aceitar a vida como é.
ExcluirNo fim isso que falei pode ser só baboseira, mas sei lá, achei interessante. Hehehe('▽'〃)
Resumindo Isobe conseguiu superar aquilo que o prendia, quando bateu no cara, ele gostava da Koume mais não podia ficar com ela,acho que apesar de ser um final um pouco ruim, eu entendi o motivo do Isobe, ela gostava dele sombrio sem vida, aquilo que ele representava antes de superar os traumas, nunca quis realmente ter um relacionamento amoroso e sim um sentimento de posse.Talvez se os dois fossem um poucos mais velhos, poderiam ter se entendido.
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